06 fevereiro, 2012

O Rio

Os dias estão passando diante de mim
E eu aqui, sem amor, sem luz.
Tudo o que eu sinto
É uma necessidade enorme de amar,
Amar quem por ventura me ame.
Mas parece que tudo que um dia eu sonhei pra mim
Rui como uma avalanche diante de meus olhos.
E eu, ah! Eu não tenho onde reclinar minha dor,
Não há direção.
Sinto-me como um rio cuja fonte está se secando,
E ali os pássaros não mais se regozijam.
As plantas não mais vivem,
Pois sua única irrigação não consegue
Nem se quer se sustentar.
Lágrimas rolam em minha face neste momento
Expressando toda minha solidão.
Um nó aperta minha garganta
Porque eu insisto em não gritar ao mundo:
Estou morrendo!!!
Não sei até quando perdurará essa situação,
Não vejo luz no fim do túnel.
Assim é o rio cujas águas estão se secando!
Haverá um dia em que o amor chegará pra ficar?
Haverá um dia em que viverei algo concreto, eterno?
Haverá um dia em que serei alguém?
Quero me sentir amada, querida.
Quero ser realmente importante para alguém
Que esteja em minha vida pra ficar,
Pra não ter que dizer adeus,
Pra não ter que ver a alegria se esvaindo.
Meu coração quer amor,
Não apenas paixão que arrebata
E depois deixa um vazio.
As minhas noites são solitárias,
Meus pensamentos são cheios de sonhos,
Sonhos esses que não serão realizados,
Não chegarão a existir concretamente.
Assim é o rio cuja fonte se secou.

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